quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

XIII Feira de Artes, Ofícios e Sabores

A minha memória das Feiras de Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso remonta há  mais de uma década, portanto às primeiras edições deste certame. As circunstâncias não se conjugaram favoravelmente e perdi o contacto com este evento. Mas, quis o destino que este ano pudesse estar presente, precisamente na edição XIII, mas longe de ser azarenta.
Não deixa de ser interessante verificar que quando alguns municípios vizinhos tendem a contrair as suas atividades, por questões económicas ou por desgaste do formato, este certame pareceu-me cheio de vida, com muitos expositores e visitantes qb. Não sei é se as vendas estiveram à altura do esperado.
Fiz os possível por acompanhar o máximo de atividades, o que me levou a estar em Vimioso no dia 8 e 9, embora não a totalidade do dia.
 O Pavilhão Multiusos é uma estrutura de fazer inveja. Mesmo num evento como este, que será dos maiores senão o maior que se realiza no concelho, consegue dar resposta na integra, tendo capacidade ainda para muito mais. Os stands estavam muito bem montados e organizados sobrando ainda espaço para o palco, com som e projeção de imagem em tempo real, por parte de uma empresa contratada.
Reparei que mesmo o show cooking que pensei que não teria grande adesão era seguido atentamente por um bom número de pessoas! Provei um prato feito com base a alheira e arroz, e fiquei surpreendido.
Os artigos expostos eram, na sua grande maioria, da região senão do concelho de Vimioso. O artesanato, a doçaria e os produtos agrícolas como as alcaparras, o pão, queijo, os enchidos, etc. seriam o grosso dos produtos expostos, mas havia também cutelaria, máquinas agrícolas, etc.
O programa estava recheado de atividades bastante variadas. A proximidade com Espanha não foi descurada e muitas das atividades também foram pensadas para atrair pessoas do outro lado da fronteira. A adesão foi tal que chegou a apanhar de surpresa a própria organização, como aconteceu com a prova de Todo o Terreno que teve cerca de 600 participantes! Também a batida ao javali, na mancha de S. Joanico, teve uma grande adesão, com mais de 100 participantes. Foram abatidos apenas dois animais, o que deve levar a repensar a gestão dos recursos cinegético.
O domingo iniciou-se com um passeio pedestre temático, de identificação de cogumelos, e uma prova de BTT. A manhã estava muito fria e o número de participantes não foi elevado. As 13 pessoas que fizeram o passeio pedestre contaram com  o apoio de um especialista que ajudou na identificação dos exemplares encontrados.
A tarde de domingo foi preenchida com o I Festival de Folclore da Castanha. Muita música, muita animação e muita cor, como é típico do folclore trasmontano. Além do grupo "da casa", participaram também o Rancho Folclórico do Bairro da Mãe D'Água e o Grupo Mirandanças. Apesar de estar prevista a atuação de um grupo de pauliteiros, não me apercebi da sua presença.
Na noite de sábado atuou o principal grupo Sete Saias.
Tive também a oportunidade de lançar um olhar aos trabalhos concorrentes ao concurso de Doçaria de Castanha. A castanha é o produto central deste certame, embora ao visitarmos a feira não seja muito evidente. Também os cogumelos foram "chamados" para enriquecerem o certame, e o fumeiro, embora ainda esteja no início a época dele.
A criatividade na doçaria a concurso era realmente surpreendente e talvez o sabor ainda melhor.
A XIII Feira de Artes, Ofícios e Sabores deu  muita vida à pequena vila transmontana, trazendo ao pavilhão multiusos duas dezenas de milhar de pessoas. Apesar do frio, foi uma boa razão para visitar Vimioso, conhecer melhor o concelho, saborear a sua gastronomia, adquirir produtos naturais e artesanato original.
A feira terminou, mas os produtos continuam disponíveis em Vimioso e no Planalto Mirandês.

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