segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

XIII Feira de Artes, Ofícios e Sabores (II)



 Mais algumas fotografias da XIII Feira de Artes, Ofícios e Sabores, que teve lugar em Vimioso nos dias 7,8 e 9 de Dezembro.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

XIII Feira de Artes, Ofícios e Sabores

A minha memória das Feiras de Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso remonta há  mais de uma década, portanto às primeiras edições deste certame. As circunstâncias não se conjugaram favoravelmente e perdi o contacto com este evento. Mas, quis o destino que este ano pudesse estar presente, precisamente na edição XIII, mas longe de ser azarenta.
Não deixa de ser interessante verificar que quando alguns municípios vizinhos tendem a contrair as suas atividades, por questões económicas ou por desgaste do formato, este certame pareceu-me cheio de vida, com muitos expositores e visitantes qb. Não sei é se as vendas estiveram à altura do esperado.
Fiz os possível por acompanhar o máximo de atividades, o que me levou a estar em Vimioso no dia 8 e 9, embora não a totalidade do dia.
 O Pavilhão Multiusos é uma estrutura de fazer inveja. Mesmo num evento como este, que será dos maiores senão o maior que se realiza no concelho, consegue dar resposta na integra, tendo capacidade ainda para muito mais. Os stands estavam muito bem montados e organizados sobrando ainda espaço para o palco, com som e projeção de imagem em tempo real, por parte de uma empresa contratada.
Reparei que mesmo o show cooking que pensei que não teria grande adesão era seguido atentamente por um bom número de pessoas! Provei um prato feito com base a alheira e arroz, e fiquei surpreendido.
Os artigos expostos eram, na sua grande maioria, da região senão do concelho de Vimioso. O artesanato, a doçaria e os produtos agrícolas como as alcaparras, o pão, queijo, os enchidos, etc. seriam o grosso dos produtos expostos, mas havia também cutelaria, máquinas agrícolas, etc.
O programa estava recheado de atividades bastante variadas. A proximidade com Espanha não foi descurada e muitas das atividades também foram pensadas para atrair pessoas do outro lado da fronteira. A adesão foi tal que chegou a apanhar de surpresa a própria organização, como aconteceu com a prova de Todo o Terreno que teve cerca de 600 participantes! Também a batida ao javali, na mancha de S. Joanico, teve uma grande adesão, com mais de 100 participantes. Foram abatidos apenas dois animais, o que deve levar a repensar a gestão dos recursos cinegético.
O domingo iniciou-se com um passeio pedestre temático, de identificação de cogumelos, e uma prova de BTT. A manhã estava muito fria e o número de participantes não foi elevado. As 13 pessoas que fizeram o passeio pedestre contaram com  o apoio de um especialista que ajudou na identificação dos exemplares encontrados.
A tarde de domingo foi preenchida com o I Festival de Folclore da Castanha. Muita música, muita animação e muita cor, como é típico do folclore trasmontano. Além do grupo "da casa", participaram também o Rancho Folclórico do Bairro da Mãe D'Água e o Grupo Mirandanças. Apesar de estar prevista a atuação de um grupo de pauliteiros, não me apercebi da sua presença.
Na noite de sábado atuou o principal grupo Sete Saias.
Tive também a oportunidade de lançar um olhar aos trabalhos concorrentes ao concurso de Doçaria de Castanha. A castanha é o produto central deste certame, embora ao visitarmos a feira não seja muito evidente. Também os cogumelos foram "chamados" para enriquecerem o certame, e o fumeiro, embora ainda esteja no início a época dele.
A criatividade na doçaria a concurso era realmente surpreendente e talvez o sabor ainda melhor.
A XIII Feira de Artes, Ofícios e Sabores deu  muita vida à pequena vila transmontana, trazendo ao pavilhão multiusos duas dezenas de milhar de pessoas. Apesar do frio, foi uma boa razão para visitar Vimioso, conhecer melhor o concelho, saborear a sua gastronomia, adquirir produtos naturais e artesanato original.
A feira terminou, mas os produtos continuam disponíveis em Vimioso e no Planalto Mirandês.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Feira de Artes, Ofícios e Sabores 2012

Feira de Artes, Ofícios e Sabores 2012
21h00
- Abertura da XIII Edição da Feira;

- Atuação da Banda Filarmónica dos BVV;
21h30
- Atuação dos "MARANUS";
24h00
- Encerramento da Feira;


08h00
- Montaria ao javali ( Mancha de S. Joanico);
- Atuação dos Gaiteiros de Serapicos;
09h00
- Raid TT (Vimioso - Vilar Seco);
10h30
- Abertura da Feira;
- Atuação dos Gaiteiros de Angueira;
14h00
- Exibição de danças de salão com a PED - Escola de Dança;
15h00
- Atuação dos Gaiteiros de Serapicos;
17h00
- Show cooking (produtos da região);
17h30
- Leilão dos javalis;
18h30
- Jantar de monteiros;
- Show cooking (produtos da região);
- Embalamento de produtos em vácuo (gratuito);
21h30
- Atuação do grupo "SETE SAIAS";
24h00
- Encerramento da Feira;


08h00
- Passeio BTT (Vimioso - S. Joanico - Vale de Frades - Vimioso);
09h00
- Passeio pedestre temático (Identificação de cogumelos);
10h30
- Abertura da Feira:
14h00
- Sessão de divulgação para o setor agrícola "valorização da atividade apícola";
- I Festival de folclore "da Castanha";
- Rancho Folclórico de Vimioso;
- Rancho Folclórico do Bairro da Mãe D'Água
- Mirandanças - Associação Para o Desenvolvimento Integrado da Terra de Miranda;
- Grupo de Pauliteiros;
14h30
- Show cooking (produtos da região);
- Embalamento de produtos em vácuo (gratuito);
16h00
- Entrega dos prémios da doçaria da castanha;
17h30
- Atuação da Mini Banda de Vimioso;
19h00
- Encerramento da XIII Edição da Feira;

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

domingo, 7 de outubro de 2012

Capela de São Bartolomeu

Templo também conhecido pelo nome de Capela de Santo Cristo e situado na rua de Santo Cristo.
A sua elevação data século XVIII, em 1776, de inspiração de sentimentos piedosos, foi mandado elevar por Jerónimo Morais de Castro (abade de Caçarelhos), com as esmolas deste santo, tal como se pode ler na legenda colocada no portal:         
"ESTA CAPELLA A MANDOU FAZER O ABBADE JERONIMO DE MORAES CASTRO COM AJUDA DAS ESMOLAS DOS   DEVOTOS   DO   APOSTOLO  SAM BARTOLOMEU ANNO 1776 ".
Esta Capela tem nas entradas dois portais em cantaria trabalhada, no seu interior podemos admirar o retábulo do altar-mor, pautado de uma mistura de estilos (Rocaille com Joanino), contrastando entre si o jogo de colunas salomónicas (Joaninas) com as colunas marmóreas (Rocaille).
No interior do retábulo, encontram-se duas colunas de fuste liso, uma de cada lado do camarim, estando, ao centro, a escultura de Cristo pregado na cruz, escultura ladeada à direita, pela imagem de Nossa Senhora das Dores e, à esquerda, pela imagem de São Bartolomeu.

Fonte do texto: Caçarelhos

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Pelourinho de Vimioso

A localidade de Vimioso é de muito remota origem, sendo já nomeado nas Inquirições de 1258, ordenadas por D. Afonso III. No entanto, recebeu foral e foi constituído Concelho apenas em 1516, por mercê do rei D. Manuel I, data a partir da qual se terá erguido o pelourinho. No ano anterior, o mesmo monarca havia criado o título de Conde de Vimioso a favor de D. Francisco de Portugal, filho de D. Afonso de Portugal, bispo de Évora, pelo que o foral do Vimioso permanece ligado à figura senhorial do 1º conde.
Trata-se de um monumento de feição muito rústica, denunciando mesmo um cariz arcaico que é típico de tantos outros pelourinhos da região. A picota ergue-se sobre um soco de quatro degraus quadrangulares, dos quais apenas três estão visíveis. A coluna é oitavada, assentando directamente sobre o soco, embora o troço inferior seja talhado de forma a simular um coxim cúbico. O fuste é constituído por quatro blocos de tamanho idêntico, ligados por argamassa visível. A meio do fuste existiria um brasão em pedra, de que se conservam registos (MAGALHÃES, F. Perfeito de, 1991, p. 66), bem como alguns vestígios no terceiro bloco. Este brasão, sem que seja possível garanti-lo, exibia provavelmente as armas dos Condes do Vimioso.
Sobre o fuste destaca-se o capitel, composto por um ábaco circular, de onde irradiam quatro braços curtos em cruz, ornamentados com pequenos botões esféricos nos topos arredondados. O remate é em pirâmide cónica, truncada, ornada com botões esféricos e uma sequência de hastes em H.
Este pelourinho foi deslocado para a implantação actual em 1958, ano no qual ocorreu igualmente o seu derrube acidental, durante uma festividade. É plausível que o brasão se tenha partido nesta altura.
Para melhor contextualização do Pelourinho de Vimioso, vejam-se, entre outros exemplares bragantinos, os Pelourinhos de Mogadouro e Bemposta, muito semelhantes.

Fonte do Texto: IGESPAR

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Museu Etnográfico

O Museu Etnográfico encontra-se instalado na Casa da Cultura de Vimioso. Tem uma exposição permanente de artesanato local, escrinhos, cobre, tecelagem, rendas, bordados e cestaria.
Nesta fotografia são visíveis muitos objetos que faziam parte da cozinha tradicional transmontana.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Torre de Atalaia

 Trata-se de uma torre de observação de planta circular, que controlava as fronteiras com o reino de Leão e que se inseria no sistema defensivo do Castelo de Vimioso. A estrutura, de cerca de 6 m de altura, é constituída por xisto argamassado com barro. A norte da Atalaia existe um afloramento granítico onde se adossa a torre. A rodear a edificação encontra-se um fosso, talvez da época romana.

Acesso: Está implantada a este da vila de Vimioso, num cabeço com cerca de 600 m de altitude. Nas imediações existe uma escola primária e um bairro camarário.

Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 40 361, DG 228 de 20 Outubro 1955.

Fonte do texto: Carlos Pinheiro © 2000

domingo, 30 de setembro de 2012

Igreja Matriz de Vimioso

A Igreja Matriz de Vimioso é um importante templo maneirista, edificado no século XVII, durante o período filipino. Tem como orago S. Vicente. A fachada principal, orientada a oeste, está dividida em três corpos, sendo os laterais constituídos pela torre sineira, lado direito, e a torre do relógio do lado oposto. No corpo central abre-se o pórtico, de arco pleno, ladeado por dois medalhões e enquadrado por duas colunas dóricas assentes em pedestais altos. Na aduela de fecho do arco tem uma pequena estátua assente sobre uma mísula. Imediatamente por cima do portal rasga-se uma cruz latina vazada, que ilumina o templo e que é de execução posterior. Este corpo central é corrido no topo por uma balaustrada. A torre do lado do esquerdo possui, acima do friso, o relógio e o sítio para os sinos.
No interior, a nave encontra-se dividida em cinco tramos por arcos torais sensivelmente abatidos e de grande envergadura (doze metros de corda). Tem cobertura em abóbada de berçocom nervuras cruzadas. Os fechos ostentam motivos vários, como o Sol e a Lua, cruz rosetada, mascarões, pomba do Espírito Santo, conchas vieiras, etc. Na entrada, do lado do Evangelho, um arco pleno dá acesso ao baptistério, colocado na torre do relógio. Do lado da Epístola surge uma capela lateral seiscentista brasonada, ostentando a cruz da Ordem de Cristo no fecho da abóbada. O arco triunfal, de volta perfeita, é ladeado por dois altares de talha dourada dispostos nos ângulos. O altar do lado da Epístola obstrui o arco. A capela-mor tem cobertura em abóbada de berço com caixotões estucados e pintados com símbolos da paixão de Cristo. O altar-moré em talha dourada barroca de estilo nacional, com colunas salomónicas - três de cada lado  - , anjos, parras e aves.

Fonte do texto: Carlos Pinheiro © 2000